Diretora-geral da Agência RMBH destaca importância do trabalho em rede para os municípios metropolitanos

A diretora-geral da Agência de Desenvolvimento da RMBH, Flávia Mourão, foi uma das palestrantes da mesa-redonda durante o Seminário “Periferias em Rede”, que reuniu, no dia 24 de setembro, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, agentes culturais e sociais residentes nas periferias da capital mineira para discutir as possibilidades de articulação e trocas na região.

O evento foi organizado pela ONG “Favela é isso Aí”, em parceria com a “Casa do Beco” e o apoio da Cemig, sob a coordenação da doutora em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG, Clarice Libânio – consultora de diversos órgãos, públicos e privados, nas áreas de cultura, desenvolvimento local, estudos ambientais e diagnósticos socioeconômicos, autora do Guia Cultural das Vilas e Favelas de Belo Horizonte e coordenadora-executiva da ONG Favela é Isso Aí.

A ONG Favela é Isso Aí foi fundada em 2004 com o intuito de documentar e divulgar a cultura das vilas e favelas da cidade. Tem por missão contribuir para a redução da discriminação em relação aos moradores de vilas e favelas, promover geração de renda para os artistas, ajudar a prevenir e minimizar a violência, e melhorar as condições do fazer artístico e acesso ao mercado cultural.

Mesa-redonda

Flávia Mourão falou sobre o tema “As possibilidades de ação conjunta no território metropolitano” e destacou que todos os municípios da região metropolitana dependem uns dos outros em questões do dia a dia, como as relativas à mobilidade urbana e ao abastecimento de água. Segundo ela, é preciso reforçar a cidadania metropolitana e trabalhar em rede, envolvendo governo e sociedade na busca de soluções conjuntas. Ela citou também a importância do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI-RMBH), instrumento de gestão metropolitano, com suas macrodiretrizes e várias temáticas e desdobramentos, como a elaboração do Plano de Mobilidade Metropolitano que está em fase de construção.

Flávia Mourão falou também sobre o papel articulador da Agência RMBH nos processos que visem agregar os municípios da região e os trabalhos no Estado. Destacou a importância da parceria entre os diversos atores para dar visibilidade a todos os projetos, não só para angariar fundos, como também para se obter mais sucesso. Segundo ela, uma das propostas da Agência RMBH é a criação de uma agenda comum, em rede, que envolva todos os municípios metropolitanos.

Também participaram da mesa-redonda, o diretor de Relações Institucionais da Cemig, Thiago Camargo; o superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário de Minas Gerais, Lucas Guimarães, que falou sobre o tema “Cultura e territórios: um olhar a partir das bibliotecas públicas e comunitárias”; e Danúbia Gardênia, da ONG Rede e articuladora do Projeto Casa Cidades, que falou sobre o “Trabalho em rede e projetos em desenvolvimento na RMBH”.