Processo de construção do Plano de Mobilidade Metropolitano é apresentado ao Comitê Técnico de Mobilidade da RMBH

A reunião do Comitê Técnico de Mobilidade da RMBH realizada, nesta segunda-feira (5/3), na Cidade Administrativa do Estado, teve como principal objetivo apresentar aos seus membros o andamento do processo de construção do Plano de Mobilidade Metropolitano que está sendo desenvolvido pelo Consórcio MobMetro, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas e a Agência de Desenvolvimento da RMBH.

Na abertura, a diretora-geral da Agência de Desenvolvimento da RMBH, Flávia Mourão, ressaltou a importância de se recompor o comitê para que possa atuar de forma mais participativa na elaboração do plano. A coordenadora do Plano de Mobilidade, da Setop, Joana Campos Brasil Baxter, falou sobre o andamento dos trabalhos de elaboração do plano que se iniciaram em outubro de 2017, destacando o foco na participação popular. Segundo ela, 50% da etapa de diagnóstico já estão prontos e a expectativa é que seja concluída em abril deste ano. Ela explicou ainda que, para as próximas reuniões, a região metropolitana foi dividida em vetores e a primeira, a do Vetor 1 .está programada para o dia 8 de março. As do Vetor 2, para o dia 15 de março, do Vetor 3, para o dia 22 de março, do Vetor 4, para o dia 27 de março, e a do Vetor 5, para o dia 4 de abril. Veja aqui o calendário geral.

Representando o Consórcio Mobmetro, Zenilton Kleber destacou uma nova forma de mobilidade como “serviço”, envolvendo a cooperação da coletividade. Ele propôs uma reflexão sobre onde estamos e sobre a responsabilidade de cada indivíduo nesse sentido. “É preciso retomar o uso das cidades e pensar em ações que possam oferecer condições aos cidadãos de resolverem a pé a maior parte dos serviços de que necessitam, recuperando assim a cidade que temos”. Segundo o técnico existe uma dessincronização operacional no transporte e ausência de políticas para áreas importantes como transporte de carga e de uso da bicicleta. Para ele, a falta de unidade na operação causa uma irracionalidade alocativa de infraestrutura, com linhas sobrepostas, que podem onerar o sistema.

Também representando o Consórcio Mobmetro, Frederico Rodrigues falou sobre a pré-classificação dos projetos de mobilidade desenvolvidos para a RMBH até o momento, e como estão sendo feitos os trabalhos para selecionar os melhores que irão nortear a construção do Plano de Mobilidade Metropolitano. “O que queremos é estimular as referências do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI-RMBH) que visam incentivar e fortalecer os municípios para que possam atender às suas próprias demandas”. Numa avaliação preliminar, ele informou que o projeto Trem e o projeto Rodoanel atendem a 70% da demanda de mobilidade da região.

Nesse sentido, a diretora-geral Flávia Mourão concluiu que o importante é tratar o plano como um processo consolidado de informações e de ajustes em relação às diretrizes do PDDI-RMBH. Segundo ela, o plano deve ser um instrumento de trabalho que deverá ser incorporado também pelos municípios em seus planos de mobilidade.